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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Corpo de condenado à morte vira arte



Joseph Paul Jernigan fez sua última refeição em 5 de agosto de 1993: dois cheeseburgers, batatas fritas e chá gelado. Às 12 horas e 31 minutos recebeu uma injeção letal no braço, após 12 anos na prisão. Jernigan foi sentenciado à morte em 1981 no Texas, Estados Unidos, depois de assassinar a facadas e tiros Edward Hale, um homem de 75 anos que o pegou em flagrante roubando um aparelho de micro-ondas. Convencido por um capelão, doou o seu corpo à ciência e foi parar no Human Visible Project, iniciativa da Biblioteca Nacional de Medicina para difundir o estudo da anatomia humana nos Estados Unidos. O cadáver de Jernigan foi envolto em gelatina, congelado e cortado horizontalmente em 1.871 fatias de 1 mm de espessura. Cada uma delas, da sola do pé ao topo da cabeça, foi fotografada contra um fundo preto, acumulando 65 GB de material.

É aí que a história ganha um novo personagem. O diretor de arte Croix Gagnon, fã de fotografia, resolveu aproveitar o material para uma nova concepção: a série de fotos 12:31, em referência ao horário de morte do condenado. Croix criou uma animação com 20 segundos de duração juntando em sequência cada uma das imagens das fatias do corpo do assassino. O vídeo foi exibido na tela de um computador, que foi movimentado em um cenário escuro, enquanto o fotógrafo Frank Schott clicava — todas ambientadas nas ruas de São Francisco. “Foram feitas mais de 200 tentativas para chegarmos às sete imagens que compõem o projeto”, diz.

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